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Dois novos óbitos por dengue são registrados em Diadema

Com cinco casos, município é o segundo com mais mortes pela doença na Grande São Paulo, atrás apenas da Capital

Thainá Lana
13/06/2025 | 08:04
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FOTO: Reprodução


Diadema registrou mais dois óbitos por dengue no ano. Os casos ocorreram em 15 de abril, em uma paciente do sexo feminino de 62 anos, e o outro foi no dia 17 de março, em um idoso de 79 anos, segundo confirmou a Prefeitura. Com os dois novos registros, o município totaliza cinco casos fatais em 2025 e é a segunda cidade da Região Metropolitana de São Paulo com mais mortes pela doença, atrás apenas da Capital, que registra 20 notificações. 

Segundo dados do de arboviroses do governo do Estado, o Grande ABC ultraou os 10 mil casos confirmados da doença, com 10.031 no total. Em relação aos óbitos, a região contabiliza nove, sendo cinco em Diadema, dois em São Bernardo, um em Santo André e outro em Ribeirão Pires. A secretaria estadual da Saúde investiga ainda outros 5.446 casos de dengue e cinco mortes. 

Apesar da nova atualização, as ocorrências da doença são inferiores ao mesmo período do ano ado. Na 23ª semana epidemiológica de 2024, a atual deste ano, a região registrava 44.572 casos confirmados e 45 mortes por dengue, ou seja, os registros caíram 77,4% e os óbitos 80%. 

O diretor da SPI (Sociedade Paulista de Infectologia), Rodrigo Santana, relembra que o ano ado foi excepcionalmente grave para a dengue no Brasil, com mais de seis milhões de casos prováveis. O aumento de ocorrências em 2024 pode ter sido ocasionado por fatores climáticos, como o aumento das temperaturas e das chuvas, o que favoreceu a proliferação do mosquito Aedes aegypti, e à circulação simultânea de vários sorotipos do vírus, o que aumentou o número de pessoas suscetíveis à infecção.

“A recente queda nos números é um sinal positivo, mas não deve ser vista como prova de que o problema foi resolvido. Em muitos surtos, a diminuição ocorre naturalmente, à medida que parte da população adquire imunidade. Portanto, não é incomum vermos uma redução dos números de casos em períodos seguintes a grandes epidemias”, destacou o infectologista. 

Santana reforçou ainda que, durante o inverno, a transmissão da dengue diminui de forma significativa, especialmente nas regiões de clima subtropical e temperado. “Isso ocorre porque as temperaturas mais baixas afetam o ciclo de vida do mosquito, reduzindo sua atividade, capacidade de reprodução e sobrevivência. No entanto, é importante lembrar que essa queda na transmissão não significa que o risco desapareceu por completo”, finalizou o diretor. 


AÇÕES

Para combater a dengue, as prefeituras realizam desde o início do ano diversas ações de vigilância e controle dos criadouros do mosquito, como visitas domiciliares, bloqueio de casos suspeitos ou confirmados, avaliação de densidade larvária, nebulização e bloqueio de criadouros, entre outras iniciativas. 

Outra forma de combate à doença causada pelo mosquito Aedes aegypti é a vacinação, que está disponível nas unidades de saúde da região desde junho do ano ado. O imunizante é destinado inicialmente para o público infantil, de 10 a 14 anos. Em abril, apenas 32,9% (51.772) jovens foram protegidos com a primeira dose no Grande ABC.




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