A imaginação e a realidade se encontram no Brincáfrica, novo espaço em Santo André, para brincar e aprender sobre como a cultura africana faz parte de todos! A sala, na Emea (Escola Municipal de Educação Ambiental) Parque Tangará, dá às crianças, por meio do tato, cheiro e visão, o gostinho de uma viagem aos 54 países de um dos continentes de maior beleza natural do mundo e que se conecta ao Brasil em história e até em idioma.

Quem caminha até o Brincáfrica a primeiro por uma área expositiva. Já na sala, a criançada explora leitura, ritmo (por instrumentos musicais como o djembê) e apreciação, com tecidos, fotos de paisagens e de símbolos adinkra, originários de Gana e que carregam sabedoria e mensagem em cada desenho. 

Tudo foi pensando pelas assistentes pedagógicas Fabiana Cardoso e Natalia de Amorim – com acompanhamento da gerente Edielene Vieira Fazza –, que afirmam ser este o local mais procurado para visitas na Emea. Segundo elas, professores têm buscado a atração como uma forma de ensinar na prática o perigo do preconceito (palavra usada para quando um amiguinho é tratado de forma diferente por causa da cor de sua pele, aparência, religião, maneira de falar ou vestir). Isso acontece, segundo elas, pelo fato de o espaço valorizar a diversidade. “Não há casos exatamente que a gente saiba, apesar de ser uma realidade (preconceito) fora e dentro da sala de aula”, diz Fabiana.

Natalia conta que uma das lembranças mais marcantes após desenvolver este trabalho ocorreu na caixa de espelho da sala. “A gente observou um menino negro se sentir representado. Ao ver seu reflexo ao lado do desenho, ele sorriu de uma forma que não dá para esquecer. Outra menina, com black power na cabeça, disse que estava linda quando viu a capa de um livro (se viu representada na imagem)”, lembra a pedagoga, orgulhosa. 

O Diário esteve no Brincáfrica enquanto a Emeief José do Prado visitava a área. Jordan Santana, 4 anos, elogiou, entre os livros temáticos, o Amoras, do cantor Emicida, mas apontou outras atrações. “Gosto muito da areia para a gente tocar e descobrir também”, afirmou ele, que estava acompanhado pela amiga Lianna Santos, 4. 

João Souza e Pietra Rebonato também estiveram no espaço e elogiaram. “A gente quer voltar. Aqui, foi aprender e nos divertir”, finalizam.

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O local funciona no bairro Valparaíso e recebe agendamentos em www.parqueescola.org.br. A entrada é gratuita.